Como fazer a intermediação de pagamentos?

CENÁRIO ATUAL EM 2020

Se você está à frente de um negócio que atua de alguma forma no fluxo financeiro de seus clientes, como ERPs, automação comercial, marketplaces, entre outros ou é consultor contábil e precisa montar a estratégia de seu cliente, sabe que gerenciar seus pagamentos pode ser algo bastante trabalhoso e que exige procedimentos complexos para garantir eficiência tributária.

Que o e-commerce brasileiro está em ritmo de crescimento não é novidade ― a previsão é de que, em 2020, o faturamento chegue a quase R$ 106 bilhões, 18% a mais do que no ano anterior, segundo a ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico). Porém, mesmo em um cenário positivo como o atual, é preciso investir em ferramentas que ofereçam o melhor atendimento aos clientes, como o split de pagamento para marketplace.

Split de pagamento, também conhecido como “split payment”, é um conjunto de APIs (Application Programming Interface). Sua função é possibilitar, em uma mesma plataforma, o gerenciamento financeiro para negócios que intermediam pagamentos e que precisam dividi-los entre um ou mais participantes no momento da venda.

O split funciona por meio da criação de regras de negócio que possibilitam uma implementação padronizada para transações em pagamentos presenciais, digitais e com boleto.

Exemplo: Uma rede varejista com várias lojas e até franquias espalhadas, que precisam após a crise, ter uma presença online para escoar as vendas das lojas físicas.

Cria-se então um CNPJ para atuar como e-commerce e adiciona-se um CNAE de intermediação financeira. Essa plataforma servirá como ferramenta de venda online e responsável financeira de toda a rede, onde o consumidor escolhe todos os produtos que interessam, pagam para na plataforma e a loja física fará a entrega dos produtos e a emissão da nota fiscal dos mesmos.

No momento de finalizar a compra, o split de pagamento atua na divisão dos valores entre a loja física e a comissão da plataforma envolvida neste fluxo.

Nesse sentido, a experiência de compra é semelhante a de um e-commerce ou loja física convencional, passando transparência para quem está comprando e também para quem está vendendo. Isso porque o cliente paga uma única vez.

Já o vendedor do estabelecimento saberá precisamente quais produtos vendeu e quanto recebeu por cada um deles, como se a venda fosse feita através de um site próprio.

Diante da autorização do pagamento pela administradora do cartão de crédito ou banco, o split de pagamento divide os valores de acordo com o montante de repasse determinado pelo estabelecimento comercial, recolhendo seu percentual e repassando o valor excedente ao vendedor.

Essa divisão dos valores é feita automaticamente, sem intervenções manuais, aumentando a escalabilidade do negócio (a tecnologia substitui o trabalho humano para fazer os repasses), além de facilitar sua gestão financeira e auxiliar os lojistas a gerenciarem o dia a dia do negócio.

3 principais benefícios que você obtém ao agregar essa ferramenta a sua plataforma. São eles:

1. Eficiência tributária

Com o split de pagamento, você faz o gerenciamento dos pagamentos sem que o dinheiro passe pela sua conta, o que elimina a bitributação e garante eficiência tributária.

2. Lançamentos automáticos

Se os lançamentos de cada venda fossem realizados manualmente, o processo seria lento e suscetível a falhas operacionais. Por meio do split de pagamento, o processo ganha agilidade e minimiza erros.

3. Controle dos pedidos

Com o split de pagamento, o lojista também conta com suporte para a identificação de pagamentos recebidos e de pedidos processados, em andamento ou cancelados.

Conclusão

Como você viu, as funcionalidades do split de pagamento agilizam o trabalho de todos os envolvidos no dia a dia do negócio.

Como o modelo marketplace exige processos cada vez mais fluídos e “redondos” para se manter escalável, o uso dessa ferramenta online só tem a acrescentar.

O split de pagamento também auxilia a seguir em conformidade com a Regulamentação do Banco Central para marketplaces, já que o uso da ferramenta retira o fluxo financeiro da gestão do negócio.

Gostou da matéria? Caso tenha alguma dúvida, estou a disposição!

Meu nome é Eduardo Eiras, sou consultor empresarial e contador com experiência em mais de 24 anos em pequenos e médios negócios.